“O carcereiro não tinha cuidado de coisa alguma que estava nas mãos de José, porque o Senhor era com ele, fazendo prosperar tudo o que ele empreendia” (Génesis 39:23, AEC). ![]() A atitude de José não para de surpreender. Mesmo numa prisão, não deixou de ser um empreendedor. Significa que José continuava a ser um homem de iniciativa; que encontrava oportunidades, onde os outros só viam dificuldades. Não ficava apenas a lamentar como as coisas eram; criava as que ainda não eram. Podia não ter as circunstâncias melhores, mas trabalhava arduamente para tornar todas as coisas melhores. José não era reativo, ficando apenas a reagir ao que ia acontecendo, ou à espera do que poderia acontecer. Ele era pró-ativo – fazia as coisas acontecerem. Não ficou à espera de sair da prisão para ser um empreendedor. Foi empreendedor no lugar onde estava. Compreendeu que esse era um dos segredos para sair dali; para ser abençoado, subir mais alto e chegar ao cumprimento do sonho. Deus era quem fazia José prosperar. Mas Deus prosperava o que ele empreendia. Se não fosse empreendedor, não teria experimentado a bênção de Deus. Ser empreendedor é fundamental. E não depende dos recursos, ou das condições que temos (lembremos que José estava numa prisão). Depende da atitude no coração. Ser empreendedor é quando em vez de lamentarmos, sonhamos. Em vez de reclamarmos, valorizamos. Em vez de fazer o mínimo possível, esforçamo-nos ao máximo. Em vez de exigirmos, damos. Em vez de reivindicarmos direitos, assumimos responsabilidades. Em vez de olharmos para o que foi destruído, dedicamo-nos a construir. Em vez de perguntarmos “porquê?”, perguntamos “porque não?”. Em vez de fazermos porque aconteceu, fazemos para que aconteça. A grande marca de um empreendedor é que ele não é um produto do meio; ele cria o meio. Não é condicionado pelas circunstâncias. Cria novas realidades. Não fiques à volta da tua dor como uma vítima, achando que não há nada que possas fazer. Sê um empreendedor, sê criativo, sê positivo, sê confiante, sê motivado, sê dedicado. Quando deres por ti, estarás a ser um vencedor…
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“O amo de José mandou-o prender e meter numa prisão, onde costumavam ficar os que eram presos por ordem do rei. Mas mesmo lá na prisão, o Senhor estava com José e continuava a manifestar para com ele a sua bondade, fazendo com que ele ganhasse a simpatia do chefe da prisão.” (Génesis 39:20,21, BPT). ![]() Vivemos numa época denominada por muitos por “fast-food”. São tempos caracterizados pela rapidez com que muitas coisas são feitas (não só a comida). Coisas que não há muitos anos levavam muito tempo, agora são conseguidas de forma mais fácil e rápida. Tudo à velocidade do click do pressionar de um botão. (Na realidade, já há tecnologias para quem não quer sequer dar-se ao trabalho de pressionar botões. Os comandos das ações são ativados pela voz). Isto faz com que as pessoas criem cada vez mais aversão ao ato de esperar. Mas, independentemente do “fast-food”, a verdade permanece: para que a comida seja mais saborosa e saudável é necessário tempo. Ou seja, na esmagadora maioria das situações, não podemos encurtar a quantidade do tempo sem colocar em causa a qualidade. É por isso que a paciência é tão importante. Há muitas coisas da vida que vão sempre exigir tempo. Porque o compromisso de Deus é com a qualidade e não com o nosso conforto, ele nunca irá apressar os processos. Não fará de nós produtos de micro-ondas. Ele quer o melhor para nós e para a nossa vida. Por isso, precisamos aprender a esperar. Esperar o melhor quando acontece o pior. Esperar que tudo vai ficar bem, quando tudo correu mal. Esperar vencer quando fracassámos. Esperar que Deus irá fazer um milagre. Esperar na fidelidade de Deus. Esperar em Deus… É o esperar com paciência que permite que não fiquemos a desesperar; que possibilita atravessar o tempo e a adversidade sem desistir. E isso é tão importante! Porque quem desiste não vence e quem vence… é porque não desistiu. “Embora ela instasse com José dia após dia, ele, porém, não lhe dava ouvidos, para se deitar com ela, ou estar com ela.” (Génesis 39:10, AEC). ![]() Uma das melhores notícias em relação à vida, mas também a que traz mais responsabilidade, é que o que determina o teu futuro não é o que te acontece (exterior), mas o que em ti acontece (no interior). Como diz no livro de Provérbios: “guarda o teu coração, porque dele depende tudo na vida.” (Provérbios 4:23, OL). A nossa vida acaba por ser um reflexo do nosso coração porque o que se passa lá determina a forma como pensamos, como acreditamos, como sentimos e como agimos. Logo, acaba por ser determinante naquilo que experimentamos. O princípio “Maior no interior” diz o seguinte: Se fores maior no interior do que no exterior, acabarás por ser maior no exterior. Se fores mais pequeno no interior do que no exterior, acabarás por ser menor no exterior. Na prática, funciona assim: Quando alguém grande é colocado num lugar pequeno, o lugar torna-se maior; quando alguém pequeno é colocado num lugar grande, o lugar torna-se mais pequeno. José chegou à grandeza porque havia grandeza no seu coração. Não te preocupes de não conseguires controlar o que te acontece. Não lamentes por não teres uma grande área de influência, muitas pessoas para liderar, ou um negócio ou ministério de grande projeção. Concentra-te no teu coração. Domina o que se passa no teu interior e fá-lo crescer mais e mais. O crescimento e o tamanho de tudo o que é bom à tua volta, será um reflexo disso. “Embora ela instasse com José dia após dia, ele, porém, não lhe dava ouvidos, para se deitar com ela, ou estar com ela.” (Génesis 39:10, AEC). ![]() John Maxwell, grande guru da liderança, costuma dizer que quando lhe perguntam qual é o maior desafio da liderança, não precisa pensar duas vezes. Responde de imediato e com toda a certeza: Liderar a nós próprios! Quem não consegue liderar-se a si próprio, nunca liderará grande coisa. Quem não consegue dominar os seus pensamentos, sentimentos e vontade, nunca exercerá grande domínio sobre seja o que quer que for. José torna-se um grande dominador no seu tempo porque aprendeu a arte de dominar as suas hormonas. Chega à alta posição de governador do maior Império do mundo porque exerceu a disciplina de governar os seus apetites. A sua reação diante da mulher sedutora, demonstra como José tinha um grande domínio próprio. Não se deixava controlar e dominar por nenhum impulso interior. Como alguém disse: “Ninguém é derrotado a não ser quando o é por dentro”. Sansão é um exemplo disso. A sua força física era invencível. Derrotava todos os inimigos, obstáculos e dificuldades que surgiam no seu caminho. Mas, tendo sido vencido e dominado pelos seus impulsos interiores, acabou por ser subjugado pelos inimigos. José tinha vitória interior, por isso acabou por ser vitorioso no exterior. Tinha grandeza interior, por isso acabou por ser grande no exterior. “Ela agarrou-o pela roupa e disse-lhe: ‘Dorme comigo!’ Mas ele fugiu para fora de casa, deixando-lhe nas mãos a peça de roupa que ela tinha agarrado.” (Génesis 39:12, BPT). ![]() A força de José para ser fiel era a mesma para ser próspero: a certeza de que o que fazia era para Deus e não apenas aos homens. “Como, pois, posso eu cometer este tão grande mal, e pecar contra Deus?” (Génesis 39:9, AEC), foi a resposta que deu à mulher sedutora. Mas a mulher não aceitou o “não” de José. Estava habituada a ter tudo o que queria… e certo dia, pegou-o pela capa e quis levá-lo à força. José deixou a capa nas mãos dela e fugiu. Para ser-se fiel, há coisas que precisamos enfrentar, mas há coisas de que precisamos fugir. Não é fraco aquele que se afasta (ou foge) daquilo que tem o potencial de o derrubar. É sábio. E a força da sabedoria é superior à força bruta: “Mais poder tem o sábio do que o forte, e o homem de conhecimento, mais do que o robusto.” (Provérbios 24:5, ARA). A infidelidade é sempre negativa e destrutiva. Os que dizem que ela é boa não acreditam nisso, pois quando alguém a comete contra eles, assumem que não gostam. É sempre uma má opção porque a primeira pessoa a ser destruída é quem a pratica. José seguiu o caminho da fidelidade, mesmo quando isso não lhe trouxe vantagens imediatas. Ele entendeu que sucesso na vida não vem por perseguir a felicidade, mas a fidelidade. Pessoas que querem ser felizes através dos outros, acabam por ser infiéis. Pessoas que querem ser fiéis aos outros, acabam por ser felizes. A verdade é que a felicidade é um subproduto. Não se compra, não se adquire. Ela vem associada com outro produto. É daquele tipo de experiência que estamos habituados nas compras em supermercados: “compra um, leva dois”. Pague o preço da fidelidade. A felicidade sempre vem anexada. “Ela agarrou-o pela roupa e disse-lhe: ‘Dorme comigo!’ Mas ele fugiu para fora de casa, deixando-lhe nas mãos a peça de roupa que ela tinha agarrado.” (Génesis 39:12, BPT). ![]() Quando estava a prosperar na casa de Potifar, José passou pelo maior teste da sua vida. Já tinha provado que sabia enfrentar a adversidade. Agora faltava provar se conseguiria enfrentar a prosperidade. Este é o teste mais difícil. Como diz Abraham Lincoln: “Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder”. Depois de ter recebido tanto poder do egípcio, a mulher do seu senhor começou a assediá-lo. Dia após dia, fazia-o sem qualquer pudor. José resistia e negava-se a tal ato de traição para com o seu senhor. Talvez muitos à volta de José diziam (como hoje): “Aproveita”; “não sejas parvo”; “o marido nunca saberá”. Mas José propôs no seu coração não cometer traição. Isto é poderoso: aquele que foi tão atraiçoado recusou-se a atraiçoar. Pessoas magoadas magoam; pessoas feridas ferem; pessoas atraiçoadas atraiçoam. Mas não José. Quebrou o ciclo da traição com a fidelidade; quebrou o ciclo da desgraça com a graça; venceu o mal com o bem. O ciclo natural pode ser quebrado quando colocamos nele um elemento sobrenatural: Deus. José não via as coisas pela perspetiva humana apenas; não vivia no plano terreno; não ficou aprisionado na esfera da maldade humana. Ele olhava para Deus, entregava-se a Deus e assumia compromisso com Deus. “Potifar deixou tudo o que tinha nas mãos de José, de modo que de nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia” (Génesis 39:6, AEC). ![]() Potifar tinha plena confiança num escravo. Impressionante, não? Mas não era um escravo qualquer. Era José. Tinha tal atitude, tamanha obediência, alta eficiência e inquestionável integridade, que o seu senhor chegou ao ponto de entregar todas as coisas nas suas mãos. E nem exercia qualquer tipo de controlo. Muitos pensam que o mundo é dos espertos. Outros, não poucos, que precisamos “orientar-nos” a qualquer preço. José dir-lhes-ia que o segredo do sucesso está na credibilidade. É essa fantástica qualidade que faz com que se estabeleça confiança, com que haja reconhecimento e, consequentemente, promoção. A palavra “crédito” vem da mesma raiz que “credibilidade”. Quem tem credibilidade ganha crédito. A credibilidade pode estar fora de moda na sociedade em geral, mas nunca irá estar fora de moda para a honra e o sucesso. José não era perfeito, mas era credível. Significa que era autêntico, íntegro e de confiança. Muitas pessoas falharam com José, a começar na sua família – os próprios irmãos. Não teve propriamente um modelo de credibilidade na sua vida. Mas José manteve a sua atitude excelente. Uma atitude de credibilidade, que inspirava confiança e que, como um super-íman, atraía bênção, destaque, vitória e prosperidade. Aprenda com José. Independentemente das suas capacidades, ou falta delas, seja credível. Conquiste confiança. Todas as outras conquistas que valem a pena são uma consequência disso. “por causa de José, o Senhor abençoou o lar do egípcio e também tudo o que ele tinha em casa e no campo.” (Génesis 39:5, NTLH). ![]() Jesus não nos chamou para comer o fruto. Ou para sermos consumidores das bênçãos. Ele é muito claro: “Eu vos escolhi e vos designei para que vades e deis fruto” (João 15:16). Não é para comermos o fruto; é para darmos fruto. Já viu alguma árvore a comer o fruto? O que faria a uma árvore sua que comesse o fruto? Não iria ficar a engordar, pois não? Para que queremos o fruto? Para que queremos bênçãos? Para comer, ou dar a comer? Vamos ser consumidores, ou produtores? O que Deus te dá não é para ti. É através de ti… para os outros. É por isso que Deus quer abençoar-te muito. Porque é numa medida que vai além de ti. Quem não entende isso e não é um canal de benção, perde a benção. Ou limita-a. O Mar Morto, no Médio Oriente, tem este nome porque é mesmo morto. Nele não há formas de vida, exceto alguns tipos de arqueobactérias e algas. Uma das razões para este facto é que este Mar recebe água, mas não dá. O Rio Jordão faz correr para ele água cheia de vitalidade. Mas tudo o que recebe fica lá. É um circuito fechado. Não flui para mais nenhum lugar. Por isso também, tudo o que recebe morre. Não sejas um Mar Morto. Sê um rio que leva vida a tudo à tua volta. É um sinal de que estás cheio de vida… e que irás continuar assim… “por causa de José, o Senhor abençoou o lar do egípcio e também tudo o que ele tinha em casa e no campo.” (Génesis 39:5, NTLH). ![]() José estava a ser abençoado. Mas a realidade vai muito além disso: ele estava a ser um veículo de bênção. Por causa dele, o seu senhor egípcio estava a ser abençoado em todas as áreas. A verdade é que José era abençoado porque trazia bênção ao seu senhor. O egípcio não o promovia pelos seus bonitos olhos. Era porque ele trazia bênção. Onde trabalhava, onde assumia responsabilidade, as coisas produziam mais, prosperavam num nível maior. A bênção é recebida na medida em que é dada: “Dai e dar-se-vos-á…” (Lucas 6:38, AEC). Todos querem ser abençoados; poucos se predispõem a ser bênção. Mas são estes que experimentam uma bênção abundante. O segredo da bênção não é procurá-la; é partilhá-la. O propósito de Deus ao abençoar-nos é fazer de nós um instrumento de bênção. Foi isto que Ele disse a Abraão: “Abençoar-te-ei (…). E tu próprio serás uma bênção para muitos outros. (…) E por teu intermédio serão abençoados todos os povos da Terra.” (Génesis 12:2,3, OL). É aquilo que fazemos com as bençãos que temos que determina se vamos alcançar as que ainda não temos. Mas ainda mais importante do que o que temos, ou o que podemos receber, é o que podemos dar. Afinal, felicidade não consiste em ter o melhor de tudo, mas em tornar tudo melhor. “Ele o pôs por mordomo de sua casa, e entregou nas suas mãos tudo o que tinha.” (Génesis 39:4, AEC). ![]() A atitude de José não conseguia ficar despercebida. Potifar reconheceu de tal maneira o potencial do jovem José, que o colocou como mordomo. Nunca um escravo tinha chegado tão longe na casa de Potifar. Há algo de interessante num mordomo: tudo está nas suas mãos, mas nada é dele. É um elevado privilégio, não concedido a qualquer um. Mas é também uma imensa responsabilidade, que não é bem desempenhada por todos. O perigo de um mordomo é ele confundir os papéis de dono-mordomo. As coisas passam tanto tempo nas suas mãos, que ele pode começar a pensar que são suas. Ou que tem direitos sobre algumas delas, ou sobre as decisões a tomar concernentes às mesmas. Um bom mordomo é aquele que reconhece que não é o dono; que nada é propriedade sua. Como tal, a gestão, utilização e distribuição dos recursos não deverá ter a interferência da sua vontade, mas a obediência à vontade do dono. José era reconhecido e abençoado na medida em que cumpria o seu papel de mordomo. Se começasse a desempenhar o papel de dono, usando as coisas a seu bel-prazer, seria demitido e severamente castigado pelo verdadeiro dono. A maioria quer ter a posição de dono e não entende que a bênção está em sermos mordomos. |
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