"Tenho sede" (João 19:28, ARC). Quando estava na cruz, Jesus clamou “tenho sede”. Jesus disse isto para que se cumprisse uma Escritura (Salmo 69:21). Mas não há dúvidas que estava completamente desidratado. O tipo de tortura a que estava submetido, levava a essa situação. Na cruz, Jesus teve sede, para satisfazer a nossa sede. Uma das coisas que mais caracteriza o homem é a sede interior. O homem, desde que tem auto-consciência, tem consciência de um vazio, de uma necessidade interior muito forte, que inclui segurança, afetos, proteção, afirmação, reconhecimento, atenção, relação, realização, etc. Numa palavra: amor. A sua existência é uma constante busca para preencher esse vazio, para ser feliz, ou satisfeito. O que é estranho é que mesmo as pessoas que têm a maioria, ou todos os items mencionados acima, que caracterizam as necessidades mais básicas do homem, não se sentem preenchidas, ou satisfeitas. A razão é que só Deus pode efetivamente preencher e saciar essa sede interior. O vazio que o homem tem no seu interiror tem a forma de Deus. A sede só pode ser saciada pela água que Deus dá. Porque o homem não foi apenas criado por Deus; foi criado para Ele (1). Mais do que um presente, só a presença de Deus poderá saciar o homem. Mais do que uma dádiva, só o Dador pode preencher o homem (2). E Ele fá-lo através da cruz – da obra redentora que Jesus realizou. Pela cruz, Jesus eleva-nos à posição de filhos e leva-nos ao Pai. Possibilita-nos a experimentar e a conhecer a bondade e o amor do Pai. E a sermos cheios, saciados, satisfeitos e completos em consequência disso. Não vivas cheio de ti, porque isso é ficar vazio. Não fiques apenas com as prendas do Pai. Isso pode encher as mãos, mas nunca o coração. Abraça o Pai, experimenta o seu amor, desfruta a sua presença, desenvolve um relacionamento – essa é a água que satisfaz a tua sede. Não tenhas mais sede. A água que te sacia e preenche está à tua disposição... pela cruz. (1) “tudo foi criado por ele e para ele” (Colossenses 1:16, ARC). (2) “Lembre do seu Criador enquanto ainda é jovem, antes que venham os dias maus e cheguem os anos em que dirá: “Não tenho mais prazer na vida.” (Eclesiastes 12:1, NTLH). “…o SENHOR, a fonte das águas vivas” (Jeremias 17:13, ARC). P.S.: Se gostaste, deixa um comentário.
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"Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mateus 27:46, OL; Marcos 15:34, OL). Naquele momento de profunda agonia, na cruz, Jesus sentiu abandono. Naquela hora, o pecado da humanidade estava a ser colocado sobre Jesus. E o Pai, que não pode contemplar pecado, virou a face. O Filho sentiu solidão e desamparo. Mas houve uma razão para isso. O Filho, que estava ligado ao Pai, sentiu-se desamparado, para que nós, que estávamos distantes, pudéssemos ser abraçados. O Filho que era um com o Pai, sentiu abandono, para que nós, que estávamos separados, pudéssemos ser reconciliados (1). Pela cruz, Jesus providenciou reconciliação com o Pai (2). O homem pode ter-se afastado muito de Deus, na sua auto-suficiência e maldade. Mas Deus veio à sua procura e pagou o preço da sua redenção na cruz. A cruz rebentou a parede de divisão, removeu a inimizade e convida à reconciliação. Como uma ponte, permite ao homem atravessar o fosso de separação e ficar ligado a Deus, num relacionamento de amor. Não fiques desamparado quando podes ser amparado pelo teu Criador. Não fiques distante quando podes estar perto do teu Salvador e conhecer o seu grande amor. Pela cruz, pode agora prometer: “Não te deixarei, nem te desampararei” (Hebreus 13:5, ARC). (1) “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.” (Efésios 2:13, ARC). (2) “Porque (…) nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho” (Romanos 5:10, ARC). P.S.: Se gostaste, deixa um comentário. “Jesus (…) disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe.” (João 19:26,27, ARC). A terceira expressão de Jesus na cruz é sobre Adoção. A mãe de Jesus, com a sua morte, perdia o filho mais velho (e os seus outros filhos ainda não estavam muito abertos para a realidade de Jesus como Salvador). O seu discípulo mais chegado, João, perdia o calor humano do seu Mestre – mais ainda: do seu amigo íntimo. É por isso que Jesus diz a Maria para receber João como filho e a João para recebê-la como mãe. A força das palavras de Jesus, no entanto, vai muito além daquela situação circunstancial. Pela cruz, Jesus estava a alcançar para todos os homens, a Adoção – a possibilidade de, mais do que serem sua criação, tornarem-se filhos de Deus (1). Depois da criação, com a desobediência do homem, este ficou separado de Deus. Pela cruz, Jesus paga o preço da redenção e compra-o de volta, para torná-lo filho de Deus. Esta é a maravilha da adoção: Tornar estranhos em família; pessoas distantes, próximas; pessoas sem afinidade, a partilharem uma vida comum, em intimidade. Não fiques longe de um Pai que te ama, ao ponto de ter dado o seu Filho por ti. Aceita a sua Adoção e vive como filho do Rei, com acesso direto à sala do trono. (1) Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome” (João 1:12, ARC). “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.” (Romanos 8:15, ARA). P.S.: Se gostaste, deixa um comentário. |
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September 2014
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