“Quem procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo, porque é meu seguidor, terá a vida verdadeira.” (Marcos 10:39, NTLH). Henry David Thoreau disse: "Felicidade é como uma borboleta. Quanto mais a persegues, mais ela te iludirá. Mas se voltares a tua atenção para outras coisas... ela virá e pousará suavemente no teu ombro”. O que ou quem persegues determina se és feliz e qual o nível dessa felicidade. A felicidade não se encontra; a bênção não se acha. Elas acham-te quando estás corretamente posicionado. Jesus deixou esta mensagem radical, mas extremamente precisa: Ter “vida verdadeira”, ou vida feliz (satisfatória) é incompatível com procurá-la – “buscar os seus próprios interesses”. Dois movimentos fundamentais para a “vida verdadeira”: (1) Esquecer a si mesmo. Deixar de viver em função de si mesmo, da sua felicidade, dos seus interesses, do seu bem-estar, de ser abençoado. (2) Seguir Jesus (“porque é meu seguidor”). Viver para Ele. Viver com Ele. Viver por Ele. Viver para segui-lo; para a sua vontade. Próximo dele… Quando segues o Autor da vida, tudo o que é bom na vida te segue: “Porque quem me encontrar achará a verdadeira vida.” (Provérbios 8:35, OL).
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“E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.” (Marcos 16:17,18, ARC). Os milagres suprem necessidades. Necessidades extremas; insolúveis. Relegadas para o campo do impossível. Não tendo solução natural, requerem operações sobrenaturais, Divinas – autênticos milagres… Os milagres são carregados de sensacionalismo. Desafiam as leis naturais. Demonstram poder irresistível, operações impressionantes, manifestações impactantes, resultados surpreendentes. Isso faz com que sejam extremamente procurados. Jesus desafiou essa tendência e ensinou os seus discípulos a não procurarem ver, mas a crer. Enfatizou que os que crerem não precisam seguir atrás de sinais. Os sinais segui-los-ão. Muitas pessoas querem ver para crer. Jesus ensinou que os que se dispõem a crer, são os que mais irão ver: “Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?” (João 11:40, OL). Crê em Jesus. Confia no seu amor. Depende do seu poder. Segue-o. E os milagres e as bênçãos seguir-te-ão. “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33, ARC). As pessoas, no tempo de Jesus, andavam muito ansiosas e preocupadas. Hoje é assim também. Tem sido assim por todas as épocas. Jesus explicou porque as pessoas ficam ansiosas. Mas, melhor ainda, como bom médico, não deu apenas o diagnóstico e as suas causas. Revelou a cura e prescreveu a receita. Jesus ensinou que as pessoas ficam ansiosas quando andam atrás das coisas: “Portanto, aconselho-vos que não se preocupem com as coisas desta vida, como que hão-de comer e beber, e ter dinheiro e roupa.” (Mateus 6:25, OL). Não são as pessoas que têm mais que são as mais felizes. Também não são necessariamente as que têm menos. São as que não colocam o seu foco, ou alvo, no ter. Depois o Mestre deu a receita da superação da ansiedade, ou da experiência da felicidade, ou da realidade de abundante provisão: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33, ARC). A mensagem de Jesus era simples, ainda que radical: “Não persigam as coisas – acabarão vazios. Persigam, acima de tudo e em primeiro lugar, Deus e a sua vontade. E todas as coisas que precisam perseguir-vos-ão… e irão alcançar-vos…”. “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida” (Salmos 23:6, ARC). A misericórdia e a bondade são fundamentais na nossa vida. A misericórdia consiste em não receber o castigo que merecemos. A bondade tem a ver com receber o prémio que não merecemos. Isso faz toda a diferença em sermos abençoados. Ser abençoado por Deus não depende de realizar grandes obras; de fazer grandes sacrifícios; de envolver-se em rituais ou processos sagrados; de ostentar elevados méritos. É exatamente ao contrário. Está na forma como reconhecemos a nossa indignidade. Como carecemos de misericórdia e como necessitamos de bondade. A bênção de Deus não vem em forma de pagamento. Fuja de todos os meios religiosos que vendem a bênção de Deus, que comercializam os milagres, ou manipulam a fé. São assassinos da graça. E tudo o que é dado por Deus e recebido pelo homem é pela graça… Mas não precisa seguir a misericórdia ou a bondade. Não há necessidade de perseguir a bênção, mesmo que esteja carenciado da mesma. O Salmo 23, reconhecido por muitos como o poema mais lindo do mundo, diz-nos qual o segredo de ser perseguido pela bondade e pela misericórdia (e toda a avalanche de bênçãos que isso provoca). Todo o Salmo é uma consequência da premissa inicial: “O Senhor é o meu Pastor…” (Salmos 23:1, ARC). Resumindo e concluindo: Persiga o Pastor. E tudo o que é bom irá persegui-lo… “Se ouvires a voz do Senhor teu Deus, todas estas bênçãos virão sobre ti e te seguirão…” (Deuteronómio 28:2, AEC). Todos querem ser abençoados. Mas nem todos entendem plenamente como sê-lo. Muito se tem falado e escrito acerca de como alcançar a bênção. Normalmente são apresentados vários passos para alcançá-la. Creio que um dos maiores bloqueios para ser abençoado é perseguir a bênção. Um foco demasiado no ato de perseguir a bênção pode torná-la no nosso objetivo. E nunca deverá sê-lo. Caso contrário, poderá transformar-se num ídolo. E consequentemente numa maldição. O ser-se abençoado tem-se tornado um ídolo em muitos meios cristãos. Trocámos a saudação bíblica “Graça e paz” por “Deus te abençoe”. Deixámos de entender que a bênção - tal como a felicidade e o sucesso - não é um propósito. É um resultado de se perseguir um propósito. Nas palavras de Philip Yancey: “A felicidade foge daqueles que a perseguem. A felicidade virá a mim inesperadamente, como subproduto, como uma surpresa adicional, depois de eu ter investido a vida em alguma coisa de valor”. A Bíblia fala pouco em alcançar a bênção. Mas fala muito em ser alcançado pela bênção: “Se ouvires a voz do Senhor teu Deus, todas estas bênçãos virão sobre ti e te seguirão…” (Deuteronómio 28:2, AEC). No maior capítulo da Bíblia sobre as bênçãos e as maldições, Deus não ensina como alcançar as bênçãos, mas como ser alcançado por elas. A Palavra diz o que devemos procurar: Ouvir a voz de Deus. Ser perseguido pelas bênçãos é uma consequência disso. Parece que a bênção foge de quem a persegue. Mas persegue quem persegue Deus… “por causa de José, o Senhor abençoou o lar do egípcio e também tudo o que ele tinha em casa e no campo.” (Génesis 39:5, NTLH). Jesus não nos chamou para comer o fruto. Ou para sermos consumidores das bênçãos. Ele é muito claro: “Eu vos escolhi e vos designei para que vades e deis fruto” (João 15:16). Não é para comermos o fruto; é para darmos fruto. Já viu alguma árvore a comer o fruto? O que faria a uma árvore sua que comesse o fruto? Não iria ficar a engordar, pois não? Para que queremos o fruto? Para que queremos bênçãos? Para comer, ou dar a comer? Vamos ser consumidores, ou produtores? O que Deus te dá não é para ti. É através de ti… para os outros. É por isso que Deus quer abençoar-te muito. Porque é numa medida que vai além de ti. Quem não entende isso e não é um canal de benção, perde a benção. Ou limita-a. O Mar Morto, no Médio Oriente, tem este nome porque é mesmo morto. Nele não há formas de vida, exceto alguns tipos de arqueobactérias e algas. Uma das razões para este facto é que este Mar recebe água, mas não dá. O Rio Jordão faz correr para ele água cheia de vitalidade. Mas tudo o que recebe fica lá. É um circuito fechado. Não flui para mais nenhum lugar. Por isso também, tudo o que recebe morre. Não sejas um Mar Morto. Sê um rio que leva vida a tudo à tua volta. É um sinal de que estás cheio de vida… e que irás continuar assim… “por causa de José, o Senhor abençoou o lar do egípcio e também tudo o que ele tinha em casa e no campo.” (Génesis 39:5, NTLH). José estava a ser abençoado. Mas a realidade vai muito além disso: ele estava a ser um veículo de bênção. Por causa dele, o seu senhor egípcio estava a ser abençoado em todas as áreas. A verdade é que José era abençoado porque trazia bênção ao seu senhor. O egípcio não o promovia pelos seus bonitos olhos. Era porque ele trazia bênção. Onde trabalhava, onde assumia responsabilidade, as coisas produziam mais, prosperavam num nível maior. A bênção é recebida na medida em que é dada: “Dai e dar-se-vos-á…” (Lucas 6:38, AEC). Todos querem ser abençoados; poucos se predispõem a ser bênção. Mas são estes que experimentam uma bênção abundante. O segredo da bênção não é procurá-la; é partilhá-la. O propósito de Deus ao abençoar-nos é fazer de nós um instrumento de bênção. Foi isto que Ele disse a Abraão: “Abençoar-te-ei (…). E tu próprio serás uma bênção para muitos outros. (…) E por teu intermédio serão abençoados todos os povos da Terra.” (Génesis 12:2,3, OL). É aquilo que fazemos com as bençãos que temos que determina se vamos alcançar as que ainda não temos. Mas ainda mais importante do que o que temos, ou o que podemos receber, é o que podemos dar. Afinal, felicidade não consiste em ter o melhor de tudo, mas em tornar tudo melhor. “… somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Romanos 8:37, ARC). “Vencedor” é um termo insuficiente para expressar tudo o que uma pessoa pode ser em Jesus. Por isso, a Bíblia diz que nele somos “mais do que vencedores”. O que é que isso poderá significar? Significa que NÃO É UMA VITÓRIA PESSOAL; É COMUNITÁRIA. Aqueles que são vencedores, vencem para si, para alcançarem objetivos e dividendos pessoais. Aqueles que são “mais do que vencedores” entendem que a vitória não é só para eles – não é algo apenas pessoal, é comunitário. Ao vencerem beneficiam outros; ajudam outros a chegarem mais longe; capacitam outros; levam outros a vencerem também. A sua vitória não se torna uma exibição, mas uma partilha. O seu foco não é serem abençoados, mas serem bênção com a vitória. Não é serem mais ricos, mas enriquecerem outros com a vitória. Não é terem mais valor, mas acrescentarem valor aos outros com a vitória. Não lutes apenas por conveniência pessoal; luta pelo bem de uma comunidade – um grupo mais alargado de pessoas. Desta forma serás “mais do que vencedor”. P.S.: Se gostaste, deixa um comentário. “Não foram vocês quem me escolheram, mas eu vos escolhi a vocês e vos nomeei para irem e produzirem fruto, e fruto que perdure” (João 15:16). Vivemos numa sociedade denominada “sociedade de consumo”. Isto porque as pessoas estão altamente direcionadas para o consumo, consumindo mais do que precisam; baseando o seu valor e felicidade por aquilo que consomem. Mas Jesus não nos chamou para consumir. Chamou-nos para produzir. Ele não nos chamou para comer fruto, mas para dar fruto. A propósito, já viste alguma árvore comer o fruto? Impensável! Jesus disse ser a videira verdadeira e nós os ramos. Não é suposto os ramos comerem o fruto, mas pelo contrário, darem o fruto. Para que queremos as bênçãos e o fruto? Para comer, ou para dar? Se Deus puder confiar em nós, como fiéis mordomos, que não vamos comer as bênçãos que nos são confiadas, mas que as administraremos, de acordo com a sua vontade, dá-las-á numa medida mais abundante. Não fiques apenas sentado a consumir. Move-te, cumpre o teu propósito e produz fruto. Serás mais abençoado. Mas mais importante ainda: serás um abençoador. P.S.: Se gostaste, deixa um comentário. “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (João 3:30, ARC). Certa vez um Doutor da Lei Judaica respondeu a Jesus acerca de qual a prioridade suprema na vida: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.” (Lucas 10:27). A resposta de Jesus é impressionante: “Faz isso e viverás” (Lucas 10:28). O que Jesus estava a querer dizer com isso é: só começamos realmente a viver quando o amor que temos por Deus vem primeiro do que o amor que temos por nós próprios e pelos outros. Pois só quando amamos a Deus em primeiro lugar estamos realmente habilitados para nos amarmos a nós e aos outros. Se não amarmos a Deus primeiro, autodestruímo-nos. Por isso é que Jesus disse “aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” Mateus 16:25. Existe uma máxima que diz “Menos é mais”. Neste caso, aplica-se mesmo. Menos de mim é ter mais. É o segredo da benção – iLess, iBlessed (menos de mim, mais benção). * Tradução: “euMenos” – menos de mim. P.S.: Se gostaste, deixa um comentário. |
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