“Olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da nossa fé.” (Hebreus 12:2, AEC). Uma nota interessante acerca do treinador num jogo de futebol: ele não entra em campo. Não joga; não defende, nem marca golos. Quando os jogadores olham para o treinador, não é para persuadi-lo a entrar em campo e marcar golos. Sabem que isso é impossível porque as regras não permitem. Olham para receberam o ânimo e orientação para correrem de forma efetiva e vitoriosa. Muita coisa mudaria na vida das pessoas, se tivessem este entendimento, em relação a Jesus. É que há uma tendência para olhar para ele e ficar à espera que corra e conquiste a vitória para nós. Mas não é assim que se processa. É ele quem dá a vitória, mas não para nós. É mais através de nós. Como um grande treinador, ele prepara-nos, equipa-nos, capacita-nos e orienta-nos para jogarmos de tal maneira, que vençamos. Ele não irá correr, de forma a que não necessitemos correr. Ele irá equipar-nos para a corrida, para a prova. Porque é que ele procede assim? Ele ama-nos tanto que quer dar-nos a alegria e euforia de marcar o golo da vitória. É mais trabalhoso e dificultoso (às vezes, ficamos perturbados porque é que ele não entra tanto em campo). Mas é bem compensador quando a bola entra na baliza adversária. E ainda que reconheçamos que tudo se deve a ele, sabemos e saboreamos o que é ser VENCEDOR.
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“Olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da nossa fé.” (Hebreus 12:2, AEC). Se há um tempo atrás pensava-se que o jogo dependia unicamente da capacidade dos jogadores, hoje sabe-se, com plena certeza, que o treinador é decisivo para a produtividade e eficácia da equipa. Sem um bom treinador, uma equipa, mesmo que tenha bons jogadores, não passa de estrelas “ao molho”. Os jogos definem-se muito pela qualidade do treinador e pela forma como ele constrói a equipa. Como diz John Maxwell: “Tudo se levanta e cai pela liderança”. Os jogadores devem olhar para o adversário – a sua movimentação, para o seu alvo – a baliza adversária. Mas acima de tudo, devem olhar para o treinador, de quem recebem constantemente as diretrizes e orientações para o jogo. Por isso, os treinadores gesticulam e falam, para que e porque os jogadores olham para eles. A Bíblia diz para, enquanto corremos, olharmos firmemente para Jesus, que é o nosso líder e treinador. A nossa vitória não depende dos adversários; não depende da forma como corremos, ou nos movimentamos. Depende do nosso treinador. Por isso, precisamos olhar firmemente para ele. Quando fazemos isso, a nossa fé, que nos mantém a correr e a dominar o jogo, é fortalecida. Então, nada pode impedir a nossa vitória… “corramos (…) a carreira que nos está proposta.” (Hebreus 12:1, ARC). No futebol, os jogadores não escolhem a sua posição; não decidem o lugar onde jogam. O que determina a sua posição é o seu dom. Quando começam a jogar, jogam em qualquer lugar. Mas passado pouco tempo, sobressai claramente qual o seu dom, ou seja, em que posição funcionam melhor. E os treinadores sabem que devem colocar cada jogador no lugar onde jogam bem – na posição do dom. Com o tempo, os jogadores entendem que o lugar onde jogam melhor, é o seu lugar. Não querem todos ir para a frente marcar golos, mas fica cada um na sua posição. Na vida, precisamos posicionar-nos desta maneira também. Não seguirmos a carreira, ou corrermos a corrida que achamos melhor, mas a “que nos está proposta” por Deus. Como entendemos que carreira é essa? O nosso dom, a nossa inclinação, ou vocação, é um bom sinalizador. É que o dom foi-nos dado para desempenhar uma função; para percorrer uma carreira. O dom indica o teu propósito; o teu propósito está ligado à carreira que Deus te propõe; a carreira que Deus te propõe é o melhor para a tua vida e o que te possibilita vencer. Não rejeites a proposta de Deus, mas corre essa corrida. Nasceste para isso… vencerás por isso! “…desembaraçando-nos de todo peso (…), corramos...” (Hebreus 12:1, ARC). Os jogadores sabem que, para ganhar, precisam de fazer muito mais do que somente jogar pelas regras. Precisam remover do seu caminho coisas que são legítimas pelas regras, mas que prejudicam a sua força e velocidade. São embaraços ou pesos. Alguns exemplos: Abdicam de comer tudo o que querem, quando querem (para não ganharem peso a mais); não correm com sapatos de sola, nem com casacos, nem com coisas nas mãos. As regras não os proíbem de fazer isto, mas eles sabem que para vencer têm que ir além do que é proibido, abdicando de coisas que são normais para os outros, mas que precisam ser deixadas de lado, porque numa prova de alta competição, são pesos, que impossibilitam a vitória. Muitas pessoas querem apenas viver no limite do que é permitido. Outros, perseguem a excelência e decidem deixar de lado muitas coisas legítimas, para terem menos pesos, para desta forma correrem com a velocidade e tenacidade necessárias para vencer. É que para ganhar umas coisas, é necessário perder outras. Para ter umas coisas, precisamos largar outras. Chama-se a isto renúncia: abrir mão de algo, para encher a mão de algo. O pecado é igual para todos. O peso e embaraço varia de pessoa para pessoa, conforme o seu propósito. Larga todo o peso, ou embaraço que está a atrasar a tua corrida e a tua capacidade. Só depois de largares essas coisas é que poderás agarrar na taça… que comprova que és campeão. “…deixemos todo (…) o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos...” (Hebreus 12:1, ARC). No futebol existem regras. Ninguém quer remover as regras. Sem regras deixaria de ser futebol – seria tudo, sem ser nada. Seria impossível jogá-lo sem a coerência, ordem, rigor e limites das regras. A ausência das regras não potenciaria o jogo. Não o tornaria mais empolgante e entusiasmante. Pelo contrário, o jogo perderia o seu interesse. Na vida, muitos pensam que liberdade é não ter regras; é fazer o que se quer; o que se sente. Completamente errado! A ausência de regras não é viver melhor; é destruir a vida. No futebol, todos os jogadores sabem que para vencer, precisam jogar pelas regras. Se não forem o guarda-redes, não podem jogar a bola com a mão; não podem fazer falta sobre outros jogadores; não podem deixar a bola passar as linhas finais; etc. Na vida, quebrar as regras chama-se pecado. Tentar negar a sua realidade é ficar constantemente penalizado, desclassificado e impossibilitado de vencer. Outra coisa importante: não são os jogadores que decidem as regras. Não faria sentido tal coisa. Nunca chegariam a um consenso; as regras não teriam coerência, pois não seriam para o melhor funcionamento do jogo, mas para conveniências pessoais. E não são eles que as fazem cumprir, ou punem o não cumprimento. É o chamado árbirtro que o faz. As regras da vida também não são decididas pelos humanos. Por muito que eles queiram. Mas desconhecer, ou não respeitar as regras não isenta ninguém das suas consequências. A lei da gravidade é um exemplo disso. As leis da vida não se inventam. Descobrem-se e respeitam-se – para o bem dos homens. Quem decide as regras da vida é Deus. E é também o justo juiz que julga. Queres jogar para vencer? Deixa todo o pecado e faz jogo limpo, com fair play. “corramos com perseverança.” (Hebreus 12:1, OL). No futebol, como em qualquer desporto, existe uma palavra que é chave para a vitória: perseverança. Perseverança é a qualidade de persistir, continuar, não desistir, dar o melhor até ao fim. Não vence quem está a ganhar no início de um jogo, ou de um campeonato; vence quem ganha no fim. Muitas equipas suplantaram outras mais fortes na capacidade técnica, porque tinham mais capacidade de perseverança. Em tempos em que muitos preferem imediatismo a perseverança, é importante lembrar que vencedores não são feitos num dia. Há todo um trabalho de anos de preparação de cada jogador; há todo um processo na construção da equipa; há todo um percurso ao longo de um campeonato. Vencedores não vencem num dia, nem numa final. São apenas reconhecidos nesse dia. Houve todo um processo, onde a perseverança foi o que fez a diferença. Nem Deus criou a terra e tudo o que nela há num só dia. Então, não desanimes, não desistas, continua a acreditar, continua a correr… com perseverança. “A seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gálatas 6:9, ARA). “Portanto (…) visto que estamos rodeados por uma tão grande multidão de testemunhas, (…) corramos com perseverança a carreira que nos está proposta.” (Hebreus 12:1, OL). A Bíblia é repleta de exemplos de aspetos positivos do atleta e de provas desportivas. No contexto de um jogo de futebol, tal como na vida, existem três grupos de pessoas: os que jogam, os que veem e os que perguntam “Como foi?”. Deus chamou-nos para estarmos em campo; para estarmos no meio da ação; onde as coisas não apenas acontecem, mas onde se faz acontecer. Hebreus 12:1 fala no contexto de um estádio e de uma prova desportiva: “visto que estamos rodeados de testemunhas, corramos a corrida”. O que significa as testemunhas? São os que estão nas bancadas a ver. No que diz respeito à vida e ao propósito de Deus, Ele não disse que estamos nas bancadas para ver o que vai acontecer. Disse que fomos chamados para correr. Não sejas um espectador da vida. Não fiques nas bancadas (nem no sofá de casa). És importante demais para tal. O potencial que está em ti é demasiado grande para ficares sentado. Por isso foste convocado por Deus: “eu vos escolhi (…) e vos nomeei para irem... (João 15:16, OL). O tempo chegou. Entra em campo. Dá o teu melhor. Deus destinou-te para seres “mais do que vencedor”. |
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