1ª INSANIDADE: ABSTENÇÃO
Várias pessoas dizem: “Eu não ligo à política”. Ou então “são todos iguais”. E assim pensam que justificam a abstenção. Mas nada o justifica. Porque a não tomada de decisão é uma decisão. A pior, por sinal. A decisão de não querer saber, de deixar tudo na mesma, de deixar andar. E isso não é neutro nem inocente. É um desrespeito para quem lutou com suor e sangue pela possibilidade de voto. É a promoção do caos no regime democrático. É um perpetuar dos medíocres no poder. É o permitir e possibilitar da manipulação dos oportunistas. Essa é a maior insanidade do voto. Não cometas tal insanidade!´ 2ª INSANIDADE: CONFUNDIR POLÍTICA COM FUTEBOL No futebol, somos sempre do mesmo clube (a não ser na idade de crianças que trocamos conforme aquele que ganha). Mesmo quando joga mal, quando perde, quando as coisas não estão bem, quando os líderes são corruptos, etc. É assim o futebol. É uma coisa da emoção. Somos do clube até ao fim. Aconteça o que acontecer. Fazer isso na política é insanidade. No entanto, verificamos muito dela. “Eu sou deste partido”. “Sempre fui”. É importante reforçar: um partido político não é um clube de futebol. E não funciona com as mesmas regras. Tal como o andebol também não. Tal como jogar andebol com as regras do futebol desclassifica e inviabiliza, assim é viver a política pelas regras do futebol. Não se vota nos mesmos partidos só porque sim. Quando não estão a funcionar bem, não se vota. Quando não fizeram um bom trabalho não se vota. Quando há corrupção, não se vota. Quando há uma mentalidade bloqueadora e castradora, não se vota. Quando os líderes são medíocres não se vota. É o princípio básico da excelência: não tolerar a mediocridade. Ainda para mais, por nominalismo, partidarismo, parcialismo, conivência, transigência… O voto não deve ser dado como garantido a qualquer um. Deve ser reavaliado constantemente. Para ser usado como é suposto: no exercício responsável da cidadania e da sabedoria. 3ª INSANIDADE: COLOCAR A IDEOLOGIA À FRENTE DA CULTURA DE UM PARTIDO Na política, fala-se muito de “esquerda e direita”. E as pessoas polarizam-se nesses dois lados. E mais o centro e colocações de centro esquerda e centro direita. E promove-se a confusão para manipular. Ainda que a ideologia social tenha a sua relevância, há algo ainda mais importante a considerar: a cultura. Qual a cultura do partido? Tem uma liderança saudável? Há união e estabilidade? Há compadrio e corrupção? Há uma mentalidade de ganhar votos e poder, ou vontade de servir e ajudar? A cultura é bem mais importante. Um partido pode ter uma ideologia encantadora, mas se tiver uma cultura aterradora, só espalhará caos e devastação. Entende e capta a cultura de cada partido e dá-lhe importância destacada. 4ª INSANIDADE: VALORIZAR MAIS O CARISMA DO QUE O CARÁTER DO LÍDER Considero estéril muitas das avaliações para classificarem qual o líder que ganhou o(s) debate(s). Queremos líderes que ganham debates, que são os melhores na argumentação, que são copiosos na verborragia e encantadores nos discursos? E depois criticamos que falam, falam, mas não fazem nada? Mas se o voto for dado na premissa de quem fala melhor e convence com os discursos porque esperar algo diferente? Se queremos mais do que “conversa fiada” e promessas por cumprir numa governação, será necessário valorizar mais o caráter do que o carisma do líder (sem deixar de querer alguém com capacidade e carisma). É coerente naquilo que diz? Costuma mudar facilmente o que diz? O seu percurso mostra obra feita? Está ligado a corrupção ou a pessoas corruptas? A escândalos? Não queremos encantadores. São narcisistas em demasia para fazer algo bom pelos outros. Queremos homens de honra. Esses são a prioridade no voto. 5ª INSANIDADE: ABRIR MÃO DA ESPERANÇA Vemos muitas pessoas a perder a esperança. O percurso tem sido cheio de desilusões políticas. Por isso, um grande número opta pela abstenção. E outro opta por votar nos mesmos. Com a desculpa: “os outros são iguais ou vão fazer ainda pior”. Esta falta de esperança em mudar ou em melhorar é uma grande insanidade. Porque a esperança é a maior arma que temos para uma mudança para melhor. É sempre preferível procurar mudar do que resignar-se na lama da mediocridade. Se a mudança não resultou, voltamos a mudar. Esta atitude sempre encontra o desenvolvimento e o sucesso. Não ceder ao medo. Ao conforto do conhecido. À resignação do que já mostrou que não funciona. Luta sempre por algo melhor. Arrisca alguma coisa. A maior definição de insanidade: “Fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”. Não pares de acreditar. De esperar algo novo, algo melhor, algo que fará a diferença. Enquanto mantivermos acesa a chama da esperança, teremos o calor necessário para sonhar, mudar, melhorar, desenvolver, vencer… Portugal pode ser diferente. Pode ser melhor. O teu voto é decisivo.
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AUTORNasceu em Lisboa. Histórico
February 2023
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