Livro "Lições do Titanic"
O Orgulho de se Achar Insubmersível
(Capítulo 1 do Livro)
“Ao orgulho segue-se a ruína, e a arrogância vem antes da queda” (Provérbios 16:18, OL).
Muitos erros foram cometidos, os quais impossibilitaram evitar o confronto fatal com o iceberg e a perda de tantas vidas. Mas todos estiveram ligados a uma raiz: o orgulho. Essencialmente, o orgulho de se achar insubmersível. Toda a publicidade e imagem que se procurou transmitir demonstrava isso:
Pois era o que todos diziam – a Harland & Wolff, a construtora; a White Star Line, a empresa de navegação que pagou por ele um milhão e meio de libras esterlinas; a imprensa toda, as revistas especializadas. O Titanic era insubmersível.
“Armação especialmente forjada e construída”. “Pisos e estrutura do mais pesado calibre”. “Casco que é um monumento de força”. “Quinze compartimentos estanques”. “Portas à prova d’água acionáveis eletricamente”. “Até com quatro compartimentos inundados o navio pode continuar flutuando normalmente”.
Afirmações como essas criaram a lenda. Afirmações como essas, repetidas diversas e diversas vezes na imprensa, nas conversas e mais todos os superlativos, o luxo, o tamanho, a potência. Tudo isso junto, e pronto; o Titanic passou a ser insubmersível (1).
Conta-se inclusive a seguinte história:
«… a senhora Alberta Cadwell, passageira da primeira classe, que acabara de embarcar no Titanic no porto inglês de Southamptom, perguntou se era verdade que o navio não podia mesmo afundar, ele [um marinheiro] respondeu:
– Minha senhora, nem Deus poderia afundar esse navio» (2).
A mentalidade dos construtores, investidores e passageiros era mesmo esta: que o Titanic era insubmersível.
Quanto a isto, é importante deixar claro: Não foi Deus quem afundou o Titanic em retaliação a um suposto desafio. Deus não aceita desafios mesquinhos e não procura matar pessoas para castigá-las. Deus sacrificou-se a si mesmo para salvar. O seu coração de amor procura salvar e não destruir.
O orgulho é que afundou o Titanic! Provocou uma série de descuidos, desatenções e decisões que o conduziram à tragédia. O orgulho é que tem feito a humanidade afundar-se em guerras, violência, traição, fomes, miséria, exploração e todas as coisas negativas. Culpar Deus da loucura e irresponsabilidade humana, é mais uma expressão desse orgulho.
A verdade é que o orgulho precede a queda. Ele quer elevação; está embriagado com as alturas, mas acaba no abismo; na profundeza de uma queda – ou de um naufrágio.
Creio que um dos segredos para não irmos ao fundo, é entendermos a nossa fragilidade:
«Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. (Salmos 39:4, ARA).»
Isto leva-nos a depender de Deus e a andar “por cima das águas”.
Não procure ser “Titânico” – grande em opulência e orgulho. Isso não é ser insubmersível; é naufragar tragicamente.
(1) In 50 Anos de Textos [Em linha]. [Consult. 2012-04-20]. Disponível na www: <URL: http://50anosdetextos.com.br/1980/como-afundou-o-navio-que-nem-deus-podia-afundar>.
(2) Ibidem.
Muitos erros foram cometidos, os quais impossibilitaram evitar o confronto fatal com o iceberg e a perda de tantas vidas. Mas todos estiveram ligados a uma raiz: o orgulho. Essencialmente, o orgulho de se achar insubmersível. Toda a publicidade e imagem que se procurou transmitir demonstrava isso:
Pois era o que todos diziam – a Harland & Wolff, a construtora; a White Star Line, a empresa de navegação que pagou por ele um milhão e meio de libras esterlinas; a imprensa toda, as revistas especializadas. O Titanic era insubmersível.
“Armação especialmente forjada e construída”. “Pisos e estrutura do mais pesado calibre”. “Casco que é um monumento de força”. “Quinze compartimentos estanques”. “Portas à prova d’água acionáveis eletricamente”. “Até com quatro compartimentos inundados o navio pode continuar flutuando normalmente”.
Afirmações como essas criaram a lenda. Afirmações como essas, repetidas diversas e diversas vezes na imprensa, nas conversas e mais todos os superlativos, o luxo, o tamanho, a potência. Tudo isso junto, e pronto; o Titanic passou a ser insubmersível (1).
Conta-se inclusive a seguinte história:
«… a senhora Alberta Cadwell, passageira da primeira classe, que acabara de embarcar no Titanic no porto inglês de Southamptom, perguntou se era verdade que o navio não podia mesmo afundar, ele [um marinheiro] respondeu:
– Minha senhora, nem Deus poderia afundar esse navio» (2).
A mentalidade dos construtores, investidores e passageiros era mesmo esta: que o Titanic era insubmersível.
Quanto a isto, é importante deixar claro: Não foi Deus quem afundou o Titanic em retaliação a um suposto desafio. Deus não aceita desafios mesquinhos e não procura matar pessoas para castigá-las. Deus sacrificou-se a si mesmo para salvar. O seu coração de amor procura salvar e não destruir.
O orgulho é que afundou o Titanic! Provocou uma série de descuidos, desatenções e decisões que o conduziram à tragédia. O orgulho é que tem feito a humanidade afundar-se em guerras, violência, traição, fomes, miséria, exploração e todas as coisas negativas. Culpar Deus da loucura e irresponsabilidade humana, é mais uma expressão desse orgulho.
A verdade é que o orgulho precede a queda. Ele quer elevação; está embriagado com as alturas, mas acaba no abismo; na profundeza de uma queda – ou de um naufrágio.
Creio que um dos segredos para não irmos ao fundo, é entendermos a nossa fragilidade:
«Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. (Salmos 39:4, ARA).»
Isto leva-nos a depender de Deus e a andar “por cima das águas”.
Não procure ser “Titânico” – grande em opulência e orgulho. Isso não é ser insubmersível; é naufragar tragicamente.
(1) In 50 Anos de Textos [Em linha]. [Consult. 2012-04-20]. Disponível na www: <URL: http://50anosdetextos.com.br/1980/como-afundou-o-navio-que-nem-deus-podia-afundar>.
(2) Ibidem.
Hugo Pinto
Colocado em 05/07/2013
Colocado em 05/07/2013