Hugo Chiote Pinto
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Como a crise é vista no céu

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Vivemos dias em que se fala de crise. De uma forma compulsiva; constante. As pessoas sentem que a crise económica ameaça os seus sonhos; a sua capacidade de comprar e adquirir tudo o  que querem e precisam para serem felizes.
Muitos reclamam de Deus. “Porque Deus permite esta situação?”. “Porque não nos dá uma vida melhor?”.
E se víssemos a crise do ponto de vista do outro lado do céu? De como ela é apreciada por Deus, junto dos seus anjos? Creio que seria mais ou menos assim:


«Um dos assistentes da informação, o anjo Samuel, veio com um relatório à presença de Deus:

– Senhor Deus, trago mais notícias do que se passa no Reino do Planeta Terra

– Excelentíssima Majestade, continuo sem entender qual a razão de participação de notícias, quando sua excelência sabe tudo – interrompeu o Arcanjo Miguel, um dos mais chegados a Deus.

Deus respondeu com firmeza e ternura:

– A razão é simples: quero que os meus anjos se envolvam com a vida dos humanos, para ajudá-los e quero que tragam as informações para tomarem consciência do que se passa. E quero também que vocês façam parte das minhas decisões. Aqueles que estão perto de mim, são mais do que servos; são amigos. E gosto de dar-lhes a conhecer tudo o que se passa e o que me proponho fazer. Continua Samuel.

Samuel ajeitou a sua asa direita e continuou:

– A crise continua a agudizar-se: os humanos não valorizam as coisas essenciais como o oxigénio, a água, a vida, os alimentos, o sorriso de uma criança; o brilho do sol, quando surge e quando desaparece da face da terra. Estão tão ansiosos com o que não têm, que não conseguem ser gratos, nem valorizar o que têm. Mas não é só a crise da ingratidão que está a aumentar. A crise da falta de fé e da culpabilização também. Os humanos, ao sentirem apertos e aflições põem em causa a existência de Deus, para de seguida o culparem por todos os males.

– Mas como é que é possível dizerem que Deus não existe para depois dizerem que ele é o culpado? Isso é um absurdo! Uma contradição – comentou o Anjo Daniel.

Deus, com a sua paciência, acalmou os ânimos:

– Amigos, já vos tenho dito e a experiência dos anjos caídos e dos humanos confirma, que quando as pessoas não têm fé, ficam cegas. Quando não confiam em mim, perdem-se nas suas soluções e desculpabilizações. É necessário continuar a ter paciência e trabalhar para que mais pessoas encontrem e experimentem a segurança do meu amor. Continua Samuel.

– Resumindo e concluindo – disse Samuel – A crise da falta de gratidão; da falta de fé; da fuga das responsabilidades; da falta de ética nos relacionamentos e no trabalho; da falta de amor tem aumentado assustadoramente. Como consequência há um grande défice de alegria.

– Ainda se queixam os humanos da falta de dinheiro. Não percebem qual a verdadeira crise... – Comentou o Anjo Misael.

Samuel continuou:

– Mas a maior crise é a que se verifica entre o povo escolhido – a Igreja. Aqueles que deveriam ter as prioridades corretas, pois são chamados pelo nome do Altíssimo, são os que, muitas vezes, mais surpreendem pela negativa.

– Como assim? – Indagou o Anjo Daniel.

– Cada vez estão mais voltados para si mesmos e para viverem uma fé baseada no negócio. Querem aprender na Carta do Amor (Bíblia) e nas suas orações, como receber mais bênçãos de Deus, como viverem uma vida mais confortável e mais facilitada. – Explicou o Anjo Samuel.

– Que loucura! Dar mais valor às dádivas do que ao Dador; dar prioridade às bênçãos, em vez do Abençoador; ficarem mais eufóricos com os presentes do que com a maravilhosa Presença do Altíssimo.  – O Arcanjo Gabriel não conseguiu evitar esta opinião.

O Anjo Misael deu-lhe força:

– Sendo eles salvos por um tão grande sacrifício – o sacrifício do Altíssimo que deu o Seu Filho, e o sacrifício do Filho que deu a sua vida, de uma forma tão torturante e humilhante – como podem procurar tão avidamente o conforto? Nunca leram “o servo não é maior do que o seu Mestre?”.

O Anjo Samuel terminou o relatório que tinha:

– Sem dúvida, a crise de falta de sacrifício e a crise da falta de compromisso têm atingido níveis alarmantes na igreja. Isso impede-a de olhar para fora, de ver os perdidos sem esperança, sem comunhão com o Altíssimo, sem as riquezas da Graça. A crise da insensibilidade junta-se às outras e está a travar o avanço e avivamento que o Altíssimo quer derramar.

Deus levantou-se do seu trono e finalizou a reunião:

– A crise pode ser grande, mas o meu poder e amor são maiores. Este é o tempo de despertar o meu povo para as riquezas da minha presença. Envio o meu Espírito para levar o meu povo ao arrependimento e quebrantamento e para procurarem e comprarem o ouro da minha presença. Para não procurarem apenas as roupas de marca, mas terem as roupas com a minha marca – a Graça. E para não colocarem os olhos naquilo que não pode satisfazer, mas para ungirem-nos com o meu colírio – a Revelação e conhecimento da minha Palavra – para que vejam as coisas como realmente são; para que vejam quais as prioridades certas; e para que vejam qual a verdadeira riqueza e qual a real crise. Vão pelos quatro cantos da terra, levem e liderem milhares de anjos, e assistam os humanos nesta missão do Espírito.

Os Anjos moveram-se ao som da voz do Altíssimo e partiram nesta missão.»

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Hugo Pinto, 07/06/2012
Colocado em 14/11/2012
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