“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33, ARC). As pessoas, no tempo de Jesus, andavam muito ansiosas e preocupadas. Hoje é assim também. Tem sido assim por todas as épocas. Jesus explicou porque as pessoas ficam ansiosas. Mas, melhor ainda, como bom médico, não deu apenas o diagnóstico e as suas causas. Revelou a cura e prescreveu a receita. Jesus ensinou que as pessoas ficam ansiosas quando andam atrás das coisas: “Portanto, aconselho-vos que não se preocupem com as coisas desta vida, como que hão-de comer e beber, e ter dinheiro e roupa.” (Mateus 6:25, OL). Não são as pessoas que têm mais que são as mais felizes. Também não são necessariamente as que têm menos. São as que não colocam o seu foco, ou alvo, no ter. Depois o Mestre deu a receita da superação da ansiedade, ou da experiência da felicidade, ou da realidade de abundante provisão: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33, ARC). A mensagem de Jesus era simples, ainda que radical: “Não persigam as coisas – acabarão vazios. Persigam, acima de tudo e em primeiro lugar, Deus e a sua vontade. E todas as coisas que precisam perseguir-vos-ão… e irão alcançar-vos…”.
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“Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida” (Salmos 23:6, ARC). A misericórdia e a bondade são fundamentais na nossa vida. A misericórdia consiste em não receber o castigo que merecemos. A bondade tem a ver com receber o prémio que não merecemos. Isso faz toda a diferença em sermos abençoados. Ser abençoado por Deus não depende de realizar grandes obras; de fazer grandes sacrifícios; de envolver-se em rituais ou processos sagrados; de ostentar elevados méritos. É exatamente ao contrário. Está na forma como reconhecemos a nossa indignidade. Como carecemos de misericórdia e como necessitamos de bondade. A bênção de Deus não vem em forma de pagamento. Fuja de todos os meios religiosos que vendem a bênção de Deus, que comercializam os milagres, ou manipulam a fé. São assassinos da graça. E tudo o que é dado por Deus e recebido pelo homem é pela graça… Mas não precisa seguir a misericórdia ou a bondade. Não há necessidade de perseguir a bênção, mesmo que esteja carenciado da mesma. O Salmo 23, reconhecido por muitos como o poema mais lindo do mundo, diz-nos qual o segredo de ser perseguido pela bondade e pela misericórdia (e toda a avalanche de bênçãos que isso provoca). Todo o Salmo é uma consequência da premissa inicial: “O Senhor é o meu Pastor…” (Salmos 23:1, ARC). Resumindo e concluindo: Persiga o Pastor. E tudo o que é bom irá persegui-lo… “Se ouvires a voz do Senhor teu Deus, todas estas bênçãos virão sobre ti e te seguirão…” (Deuteronómio 28:2, AEC). Todos querem ser abençoados. Mas nem todos entendem plenamente como sê-lo. Muito se tem falado e escrito acerca de como alcançar a bênção. Normalmente são apresentados vários passos para alcançá-la. Creio que um dos maiores bloqueios para ser abençoado é perseguir a bênção. Um foco demasiado no ato de perseguir a bênção pode torná-la no nosso objetivo. E nunca deverá sê-lo. Caso contrário, poderá transformar-se num ídolo. E consequentemente numa maldição. O ser-se abençoado tem-se tornado um ídolo em muitos meios cristãos. Trocámos a saudação bíblica “Graça e paz” por “Deus te abençoe”. Deixámos de entender que a bênção - tal como a felicidade e o sucesso - não é um propósito. É um resultado de se perseguir um propósito. Nas palavras de Philip Yancey: “A felicidade foge daqueles que a perseguem. A felicidade virá a mim inesperadamente, como subproduto, como uma surpresa adicional, depois de eu ter investido a vida em alguma coisa de valor”. A Bíblia fala pouco em alcançar a bênção. Mas fala muito em ser alcançado pela bênção: “Se ouvires a voz do Senhor teu Deus, todas estas bênçãos virão sobre ti e te seguirão…” (Deuteronómio 28:2, AEC). No maior capítulo da Bíblia sobre as bênçãos e as maldições, Deus não ensina como alcançar as bênçãos, mas como ser alcançado por elas. A Palavra diz o que devemos procurar: Ouvir a voz de Deus. Ser perseguido pelas bênçãos é uma consequência disso. Parece que a bênção foge de quem a persegue. Mas persegue quem persegue Deus… “Chamando a multidão para se juntar aos seus discípulos, Jesus disse: ‘Quem quiser vir comigo precisa deixar-me conduzir. Não estás no lugar do condutor; eu é que estou.’” (Marcos 8:34, A Mensagem – Minha Tradução). Portugal foi sobressaltado, no início deste ano, com uma notícia consternadora: “Rapaz de 13 anos morre a conduzir pick-up do pai em Mogadouro”. O pai seguia no carro, mas o filho é que estava a conduzir. Todos afirmam, sem hesitação, que um rapaz de 13 anos a conduzir é pura loucura. A lei proíbe tal ato porque é uma insensatez. E um perigo. Para a vida pessoal e pública. É claro e inquestionável: um rapaz de 13 anos não tem maturidade (e, portanto, capacidade) para conduzir um automóvel. O que dizer da vontade compulsiva de o homem querer tirar Deus do volante para poder virar para onde quer? Parece legítimo. “Afinal, nem está provado se Ele existe”. “E porque não decidir a direção da vida, que é minha?”. Parece que há algo de sedutor no volante. Dá a sensação de poder. De comando. Decidimos para onde viramos e o carro segue nessa direção. O problema é que, por muitas voltas que o homem queira dar, a verdade permanece: ele não tem capacidade para estar no volante. O caos que se verifica consequentemente é uma prova disso. (Ainda que muitas pessoas acusem Deus... Tiram-lhe o volante das mãos e depois acusam-no das manobras. É próprio da insensatez…). Poderá não aceitar esse facto, poderá querer contrariá-lo. Poderá agarrar-se ao volante. Mas o final será sempre semelhante ao do rapaz de 13 anos que achava que podia estar ao volante: desastre e destruição! Não compensa. É preferível deixar Deus ser Deus. E dar-lhe o volante. Da nossa vida – tempo, dons, energia, família, recursos, pensamentos, sentimentos, palavras, ações… enfim, TUDO! Com Deus no volante, podemos descansar. Não, não somos os que decidem. Não estamos no comando. Mas somos abençoados. Levados para o lugar certo, pelo caminho certo, à hora certa. Quem está no volante? Mais do que qualquer outra coisa, é isso que determina se no teu futuro, vai haver desastre ou bênção. Larga o volante. Descansa. Aprecia a viagem. A paisagem. Tudo é melhor! Já não há o stress de provar que sabes conduzir. Não há o medo de desastre. Não há a incerteza de não saberes para onde ir, ou qual o caminho a seguir… Este ano vai ser muito bom. Como é que sei? O volante está em boas mãos… “Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem” (Génesis 50:20, ARC). O percurso de José demonstrou que ele tinha grande confiança em Deus. De outra maneira, como daria o seu melhor, quando lhe deram o pior? Porque permaneceria fiel, quando pôde desfrutar da mulher de Potifar? Porque continuaria a dar o seu melhor na prisão, quando fora preso injustamente? Como ajudaria outros com os seus sonhos, quando o seu sonho estava tão longe de se concretizar? José manteve uma atitude de excelência e fez todas estas coisas porque confiou em Deus. Não entendeu como tantas coisas negativas lhe aconteceram. Não compreendeu como Deus permitiu que passasse por tantas tragédias e injustiças. Mas confiou… Confiou que Deus via mais além… Sabia mais… E que faria o melhor na sua vida. Não é aí que a confiança se comprova?! Quando não entendemos?! Quando não conseguimos?! Para que preciso de confiar num guia quando vejo e conheço o caminho? Para que preciso de confiar num conselheiro quando sei qual a decisão a tomar? Para que preciso de confiar num especialista quando tenho a capacidade de lidar com o desafio? Não alegue que, por causa da situação ter chegado a um ponto crítico, já não consegue confiar num Deus que permitiu isso. A situação chegou no ponto crítico exatamente para ter a oportunidade de confiar nele. E estando nesse ponto, o melhor mesmo é confiar nele, caso contrário, poderá não estar à altura dos acontecimentos. O que sentimos e o que fazemos depende da forma como confiamos em Deus. Por isso, a ansiedade, a preocupação e o medo são manifestações de falta de confiança. E a paz é demonstração de confiança: “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti” (Isaías 26:3, ARC). A Bíblia diz: “Confia no Senhor de todo o teu coração: não te fies na tua própria inteligência” (Provérbios 3:5, BPT). Em muitas situações precisamos optar se vamos confiar em Deus ou em nós próprios. Porque há ocasiões em que as duas não podem ocorrer em simultâneo. Fazer uma excluirá a outra. Confiar em Deus é sempre a melhor opção porque Ele vê melhor, sabe mais e ama perfeitamente: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas? (Romanos 8:32, AEC). Confiar em Deus não isenta de atravessar por coisas negativas, ou experimentar o mal. Mas garante um final vitorioso. Considere o exemplo de José. Experimentou tantas coisas negativas. Mas a sua confiança em Deus não foi vã. Deus fê-lo chegar a um lugar abençoado. Nas palavras de José: “Deus tornou o mal em bem”. Vale a pena confiar em Deus porque não há nada que apanhe Deus desprevenido ou que esteja fora da sua capacidade de resolução. O seu poder é de tal forma irresistível e a sua sabedoria elevada, que faz com que o próprio mal se transforme em bem; que as desvantagens se tornem vantagens; que os obstáculos sejam degraus, que fazem subir mais alto. Não lamente as situações negativas. Confie naquele que as transforma na sua maior bênção, na sua mais gloriosa vitória. “E José fez habitar a seu pai e seus irmãos e deu-lhes possessão na terra do Egito, no melhor da terra, na terra de Ramessés (…).E (…) sustentou de pão a seu pai, e a seus irmãos, e a toda a casa de seu pai, segundo as suas famílias.” (Génesis 47:11,12, ARC). Vivemos num mundo marcado pela violência e pela vingança. Os filmes que mais vendem e emocionam são carregados de histórias de vingança. O amor que é apresentado e que é oferecido pelas pessoas, na esmagadora maioria, é extremamente limitado e condicional. Egoísta. Doente. A graça continua a fazer muita falta, num mundo repleto de imperfeição, indignidade e injustiça. Não há maior prisão do que o desempenho. Pessoas que se sentem mal pelo mal que fizeram. Pessoas que se sentem mal pelo mal que lhes fizeram. Pessoas que tentam sentir-se bem pelo bem que fazem. Pessoas que procuram sentir-se bem pelo bem que esperam que lhes façam. Pessoas que procuram o favor de Deus pelo que fazem. Pessoas que se sentem rejeitadas por Deus pelo que fizeram. Pessoas que amam quem lhes faz bem. Pessoas que procuram ser amadas, fazendo o bem. Pessoas que odeiam quem lhes fez mal. Pessoas que querem vingar-se… Este tipo de atitude tem um denominador comum: o desempenho. Num mundo imperfeito, quando o desempenho é o foco, a prisão é a consequência, a amargura é a manifestação e a felicidade é a desaparecida. Só uma coisa pode libertar, restaurar, preencher, completar, elevar e capacitar – a graça! É ao compreendermos e aceitarmos a graça de Deus que podemos ser salvos: “Pela graça sois salvos” (Efésios 2:8, ARC). É ao nos agarrarmos a esta graça que podemos sentir-nos amados. Ficar com ela, e só ela, é que permite sermos felizes. Quanto mais experimentamos esta graça, mais habilitados estamos em dá-la: “De graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:8, ARC). As pessoas não dão graça porque não recebem graça. Nunca a viram, nem experimentaram. Quando a experimentamos da parte de Deus, podemos dispensá-la aos humanos. A maior proeza não são os feitos; é o que fazemos com eles. A maior proeza de Deus não foi a encarnação, ou a crucificação. Foi a forma como deu isso a quem não merecia. A maior proeza de José não foi a sua capacidade de gestão. Foi a forma como a usou. Foi a sua decisão em perdoar. Foi a sua determinação em ajudar quem lhe fez mal. Em abençoar quem o amaldiçoou. Em cuidar de quem o vendeu. Maravilhosa Graça! Que nos permite conhecer um Deus que ama incondicionalmente. Que nos permite superar as feridas de quem não ama. Que permite amar como Deus ama. E sermos livres, felizes. E ajudar muitos outros a encontrarem Gósen – o melhor lugar no mundo. Só a graça nos leva lá… “E José fez habitar a seu pai e seus irmãos e deu-lhes possessão na terra do Egito, no melhor da terra, na terra de Ramessés (…).E (…) sustentou de pão a seu pai, e a seus irmãos, e a toda a casa de seu pai, segundo as suas famílias.” (Génesis 47:11,12, ARC). Quando o mundo foi assolado por uma grande crise internacional, todas as nações recorreram a José, o governador do Egito, o maior Império. Porque, pela sua sábia gestão, o Egito desfrutava de muitas reservas de alimento. O povo Israelita, de onde vinha José, não foi exceção. E os seus irmãos viajaram para o Egito, para comprarem alimento para a sua família e povo. O encontro de José com os irmãos é o ponto alto da sua história. Foi impressionante! Os seus irmãos ficaram com medo que ele se vingasse. Mas o que José fez foi algo da mais elevada nobreza de caráter e atitude: perdoou-os, amou-os, ajudou-os, abençoou-os. A reação de José para com os irmãos poderia verificar-se de várias formas. Poderia vingar-se (tinha o poder e a oportunidade para o fazer). Poderia perdoá-los e não vingar-se – não lhes dar a paga que mereciam. Ou ainda, abençoá-los. Não só não os castigar, mas dar-lhes um prémio. A terceira opção foi o que José fez com os seus irmãos. Uma péssima atitude é fazer o mal a alguém. Uma má atitude é vingar-se de quem faz mal. Não ter uma má atitude é não se vingar de quem faz o mal. Ter uma boa atitude é fazer o bem. Ter uma grande atitude – ou atitude excelente – é fazer o bem a quem faz mal. José demonstrou ter uma atitude excelente. Não só não fez o mal que os irmãos mereciam – a vingança – como fez o bem que não mereciam – cuidou deles, preservando-os dos tempos de fome que vieram sobre o mundo e deu-lhes o melhor da terra do Egito. Graça é fazer ou dar algo a alguém que não merece. É o que permite amar incondicionalmente. É a mais elevada das virtudes. É o que mais faz alguém identificar-se ou assemelhar-se a Deus. Deus é um Deus gracioso. Em vez de dar o castigo e destruição que os homens mereciam, pela sua desobediência e malvadez, deu o seu único filho – Jesus Cristo. Essa foi a mais elevada expressão de graça, alguma vez vista. O grande desafio de todos os homens e mulheres, não é ficarem a admirar o que Deus fez; é imitá-lo: “Sede pois imitadores de Deus como filhos amados” (Efésios 5:1, ARC). Se nos amou desta maneira, manifestou tamanha graça, como poderemos fazer diferente? “E o nome do segundo chamou Efraim, porque disse: Deus me fez crescer na terra da minha aflição” (Génesis 41:52, ARC). Quando teve o segundo filho, José chamou-o de “Efraim”, que significa “abundância”. José reconheceu que todas as coisas negativas não o impediram de viver a abundância que Deus tinha prometido. Na realidade, foram elas que lhe permitiram experimentar isso. José não definhou com as coisas negativas. Usou-as para crescer, para aprender, para tornar-se melhor e mais capaz. Para chegar mais longe. Para chegar ao cumprimento do sonho, ao lugar do seu propósito. A nossa atitude diante daquilo que nos acontece é que determina se somos esmagados ou se crescemos com isso. “O mesmo sol que endurece o barro, derrete a cera”. Ver as situações negativas não como dificuldades, mas como oportunidades, é fundamental para poder crescer e vencer. Como diz Bob Gass: “Todos os dias, Deus envia-nos oportunidades de crescimento espiritual – disfarçadas de problemas”. Deus transforma o mal em bem: “Deus gosta de transformar o negativo em positivo nas nossas vidas. E apesar de ninguém gostar de sofrer, a verdade é que o sofrimento nos leva a níveis de maturidade que, por nossa própria conta, nunca atingiríamos.” (Bob Gass). A solidez vem dos ventos fortes: “As raízes aprofundam-se quando os ventos são fortes” (Charles Swindoll). A genialidade é consequência das tempestades: «Os grandes navegadores deviam a sua reputação aos temporais e às tempestades.» (Epicuro). A força é resultado do sofrimento: “Do sofrimento, emergem as almas mais fortes. Os personagens mais impressionantes estão coalhados de cicatrizes.” (Kahil Gibran). A dificuldade traz capacidade de resistência: “Tempos difíceis deixam calos que algum dia preservam as nossas mãos de sangrar.” (Robert H. Schuller). A felicidade não é a ausência de conflito; é a habilidade de lidar com ele: “Ser feliz (…) não é ter uma vida perfeita, mas saber extrair sabedoria dos erros, alegria das dores, força das decepções, coragem dos fracassos. Ser feliz neste sentido é o requisito básico para a saúde física e intelectual.» (Augusto Cury). É por isso que pode ser grato por todas as dificuldades que atravessou e até aquelas que experimenta presentemente. Quem se torna pior, reclama. Quem se torna melhor, agradece. Aceite estas palavras de sabedoria: «Sê agradecido pelos tempos difíceis. Durante esses tempos tu cresces. Sê agradecido pelas tuas limitações. Porque elas dão-te oportunidades de aperfeiçoamento. Sê agradecido por cada novo desafio. Porque irá construir a tua força e carácter. Sê agradecido pelos teus erros. Eles ensinar-te-ão lições valiosíssimas.» (Pravstalk). Todos enfrentam adversidades e situações negativas, mas nem todos crescem com elas. Faça como José. Dê à luz Efraim. Cresça com todas as coisas e aprenda em todas as circunstâncias. Enquanto estiver a aprender, nunca estará a perder. “Ao mais velho José deu o nome de Manassés porque, dizia ele, ‘Deus fez com que eu pudesse esquecer todos os meus sofrimentos e a casa do meu pai.’” Génesis 41:51, BPT). José sabia o quanto tinha sido importante esquecer as coisas negativas que passou. Compreendeu que coisas negativas e positivas não permanecem juntas. Para termos umas, precisamos largar outras. Quando seu primeiro filho nasceu, José quis chamá-lo de Manassés, que significa “esquecer”, exatamente para celebrar esta realidade. José reconheceu que tinha experimentado coisas boas porque ia desvalorizando e esquecendo as negativas. A sua gratidão por tudo de bom que tinha acontecido era muito grande. Como tal, queria deixar para trás as coisas negativas e celebrar as bênçãos que experimentava. Esquecer as coisas negativas (situações e pessoas) não significa amnésia porque isso é impossível. Significa não trazer constantemente à lembrança; não alimentar sentimentos negativos à volta de situações negativas; não ficar preso à negatividade, mas pensar em novos rumos. Bob Gass diz: «“Esquecer” não significa perder a consciência do acontecimento. Isso é amnésia! Significa libertar a dor da memória, tal como se retira o veneno de uma mordedura de serpente. Permitir que todas essas questões não resolvidas, que mantêm-nos acordados durante a noite e afectam-nos durante o dia, sejam quebradas pelo poder de Deus! Se somos a parte lesada, perdoemos os que nos magoaram. Se somos os ofensores, perdoemo-nos a nós próprios – porque é isso que Deus faz. Deixemos que o seu poder transformador cure as nossas emoções perturbadas e corte o cordão umbilical entre nós e o nosso passado. Depois, façamos o que Paulo fez: “Avançando para as coisas que estão diante de nós”. Deus tem um futuro maravilhoso para nós, mas só podemos lá chegar quando nos desligarmos do passado.» (Bob e Debby Gass). A única forma de conseguir isto é através do perdão. Bob Gass refere como um grupo de missionários da Morávia procurava a palavra esquimó para perdão. Finalmente descobriram “issumagijoujungnainermik”, um palavra de 24 letras que significa “não ser capaz de pensar mais sobre o assunto”. Termina dizendo: “O perdão genuíno implica esquecer o assunto e recusar-se a repisá-lo”. Como alguém disse: “Quando perdoo não apago o mal que me fizeram, mas o mal perde o poder sobre mim”. Não fique sempre a lembrar e a ressentir as coisas negativas. A felicidade não aguenta isso. E a saúde física e emocional também não. Faça como José. Dê à luz a Manassés. Esqueça as coisas negativas. E dê as boas-vindas a tantas coisas boas que Deus tem preparado para si. “Ele mandou recolher, durante aqueles sete anos, tudo aquilo que sobrava e mandou-o armazenar nas várias cidades, para vir a servir de reserva de alimento. Em cada cidade, armazenava tudo o que sobrava da colheita dos campos da região.” (Génesis 41:48, BPT). Os discípulos de Jesus foram pragmáticos e claros. Não havia condições para toda a multidão ser alimentada. Jesus pediu-lhes para verificarem quanta comida havia e para lha trazerem. Parecia uma tarefa em vão, porque não havia o suficiente. Mas obedeceram. E no final, trouxeram a Jesus, unicamente o lanche de um rapaz: cinco pães e dois peixes. Parecia que não serviria de nada. Mas Jesus pediu: “Trazei-mos”. E quando o que havia foi colocado nas mãos de Jesus, o milagre aconteceu. O que podemos aprender? A multiplicação acontece quando: (1) Em vez de nos concentrarmos no que não temos, valorizamos o que temos. (2) Fazemos bom uso do que temos (economia); (3) Entregamos a Jesus o que temos e confiamos nele. José fez uma economia sábia nos tempos de abundância. Resultado: Conseguiu superar os tempos de crise. E ainda conseguiu ajudar todas as nações do mundo na crise internacional que se verificou nos seus dias. Não pense na economia unicamente em termos de receitas. Não se desespere pensando no que não tem. Seja grato pelo que tem. Valorize-o. O milagre começa aqui. Use o que tem com sabedoria. Coloque nas mãos de Jesus. É aí que o milagre continua. Onde vai acabar? Com as suas mãos cheias… |
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